Documentos de Tibo, na Gavieira! A abadia, montaria e concelho de Soajo teve um juiz de TIBO antes de Sarramalho!
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Os párocos do concelho de Valdevez, em 1758, não estudaram nem Geografia de Portugal, nem conheciam devidamente os Mapas, ou melhor, as Cartas Geográficas de Portugal, não tendo erudição, conhecimento, instrução, salvo honrosas excepções, pois só alguns revelaram que sabiam que a serra principal do Minho se chamava «SERRA DE SOAJO». A grande maioria confundiu uma serra com o monte principal das suas paróquias! Embora o posicionamento dos rios, serras, e povoações seja pouco rigoroso, é todavia possivel ficar com informações das suas relativas importâncias.
EM QUE SERRA , AFINAL, NASCE O RIO VEZ? SERÁ NA SERRA DO CALDEIRÃO OU MU?
Repara-se que Emiliano Bettencourt em 1870, recorre à «CARTA GEOGRÁFICA DE PORTUGAL» na escala de 1/500 000, que foi publicada en 1865, numa dimensão de 120 cm por 72 cm, tamanho dos vulgares mapas escolares de parede, muito usados no ensino primário no século XX! Este mapa foi considerado como o primeiro mapa de todo o Portugal, com bases científicas, onde as chamadas curvas de nível já foram usadas.
Convém dizer que este mapa de 1865, não tinha o nome das serras principais de Portugal, increvendo-se nele apenas os nomes dos sítios onde haviam sido implantados os marcos geodésicos de 1ª ordem, entre os quais o do PEDRINHO (falsa "Peneda"), em que a altitude expressa foi de 1379 metros.
Este mapa teve como co-autor Gerardo Pery que, em 1875, publicaria um obra de Geografia de Portugal, em que usou como altitude máxima do sítio do Pedrinho 1446 m, pelo que Bettencourt deveria ter recorrido a alguma informação de G. Pery, que não estava inserida ainda em livro de Geografia. Na verdade as as altitudes máxima do Gerês e do Marão, foram em 1870, referidas como sendo, respectivamente, de 1442 m e 1422 metros!
Enquanto, em 1875, o oficial do exército Raposo Botelho, nesta sua Geografia de Portugal, dá continuidade ao nome «SERRA DE SOAJO», que designava há séculos, o principal maciço montanhoso do Alto Minho, o capitão Gerardo Pery, pela primeira vez, também numa Geografia publicada, igualmente em 1875, lança o disparate de alterar o nome da serra com base no nome de um marco geodésico mal denominado, com uma altitude máxima de 1446 m, e como sendo este o local de máxima altitude de toda a serra a que indevidamente chamou Peneda! Três ERROS muito graves que enganaram muitos e muitos portugueses!