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Um criminoso de Ponte de Lima, segundo a tradição, foi quem ACHOU a imagem de «Nossa Senhora da Peneda do Soajo», na serra de Soajo, numa lapa que lhe serviu de abrigo natural, situada no fundo de uma encosta que começa na penha ou penedo a que o povo chama da "Miadinha", mas que Raul Proença, entendeu ser "Penedo da Ermidinha".
Nunca deveremos considerar que o local da lapa, se situa nas Caldas do Gerês e na serra do Gerês, porque o criminoso limiano não saiu para ir fazer termas, e estas distavam do local da Peneda de SOAJO, cerca de 40 km.
A Peneda de «Monte Alegre» ficava também a grande distância...
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Para o Padre Carvalho da Costa a imagem apareceu ao limiano, porém, Frei Agostinho de Santa Maria diz que apareceu Nossa Senhora, a uma pastora de cabras, primeiramente, sob a forma de uma pomba branca, e numa segunda vez numa lapa sob a forma da imagem em que depois passou a ser venerada.
O castrejo Padre Bernardo Pintor gostou muito de subjectivar escrevendo que os «cinco sabujos» eram enviados para Senhores Donatários de concelhos, pelo concelho de Soajo, e que a fronteira, de Castro com Soajo se fazia, segundo um documento de 1565 de Castro Laboreiro, através do ribeiro da Peneda, mas isto, é contraditado pelo que constava no original completo do Foral de Soajo de 1514. Este texto do foral foi em 1795 reproduzido para o Tombo de Soajo, passando de maior antiguidade no tratamento de fronteira a maior modernidade.
Sobre a adopção do nome Senhora das Neves, quiseram relacioná-la com as neves da "serra da Peneda". Mas esta designação não foi usada regular e consistentemente, pelos eruditos em matérias geográficas e por cartógrafos, senão a partir de 1875.
Os ditos aparecimentos da Senhora a uma pastora de cabras na serra de Soajo não lograram consagração num altar juntamente com a Sua imagem.
Só a lenda da imagem de NOSSA SENHORA DA PENEDA DE SOAJO ser encontrada pelo criminoso de Ponte de Lima é que mereceu acolhimento num altar, porventura por ser menos fantasiosa, e mais aceitável espiritual, religiosa e em simbolismo.
E digo, Peneda de Soajo, dado que até ao século XVI, Tibo e Rouças não pertenciam à Gavieira, porque nesses séculos, paroquialmente, a Gavieira era como Rouças, Tibo, Adrão, Várzea, Paradela, Bairros e Vilar de Suente e a sede, sendo todas meras povoações (casais) que se foram congregando para formar no plano religioso a paróquia de Soajo, e sob o ponto de vista do direito civil, para constituírem o CONCELHO DE SOAJO.
O que foi trazido para o conhecimento público e que, Bernardo Pintor desconheceu ou propositadamente ignorou, foi o da lenda do milagre ao galego Jacinto Gonçalves, natural de S. Tiago de Calvos, o que pode justificar a muita devoção na Galiza a Nossa Senhora da Peneda de Soajo, embora só pela muita fé e transcendência os muito crentes a não recusassem como fenómeno de mera ficção imaginativa...
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O culto a nossa Senhora da Peneda do Soajo, dizem que foi iniciado em 1220, mas não há documento algum para o comprovar, pelo que esta afirmação não tem rigor histórico...não passando de uma mera hipótese.
Os homónimos "Peneda", um ligado ao marco geodésico do Pedrinho, mas a que chamaram, erradamente, "Peneda", situado na freguesia de Sistelo, e o outro nome do sítio da Peneda, antiquíssimo de séculos, num local da autarquia de Soajo, na serra de Soajo, passaram a ser confundidos a partir de 1875, quando Gerardo Pery o guindou a nome da serra, ainda que muito pouco seguido até 1907, embora só com recurso a várias erros e aldrabices.
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Falar é positivo, mas não chega...
Quando se discorda do que está mal desencadeiam-se as acções para tentar acabar com o que não está correcto, e apoiam-se as causas publicamente.
O Parque Nacional não é um partido político e deve estar na questão do seu nome acima dos jogos políticos partidários...
Em 2001, quando o Presidente da República, Jorge Sampaio, visitou Soajo, o autarca presidente do executivo de SOAJO, disse e bem que, o Parque Nacional, devia chamar-se SOAJO-GERÊS.
É fácil de compreender que, se SOAJO, não entrar no nome do Parque Nacional, sendo detentor de nome de uma SERRA PRINCIPAL de Portugal, passará a ter um débil nome de serra, de relativa pouca importância!
Reconheceu, e bem, o presidente do executivo autárquico de Soajo, em 2001, que era necessário «LUTAR ATÉ ÀS ÚLTIMAS CONSEQUÊNCIAS» para defender a IDENTIDADE verdadeira da SERRA DE SOAJO!
Sabemos que há pessoas e autarquias que não QUEREM que a VERDADE DO NOME DA SERRA seja REPOSTA!
Bem sabemos que se o povo de SOAJO não se mobilizar seria derrota quase certa, mesmo admitindo que os órgãos locais se disponibilizem para concretizar este objectivo, apesar das minhas fortes dúvidas.
Só haverá força suficiente se o POVO de SOAJO, AMIGOS DE SOAJO, E OS AMIGOS DA VERDADE, SE JUNTAREM AOS ÓRGÃOS AUTÁRQUICOS DE SOAJO, para EXIGIREM que respeitem o que é inteiramente JUSTO, face à documentação autêntica, muito abundante, para que sejam afastados os efeitos das batotas que lograram efeitos nocivos muito consequentes, apesar de sustentados em deploráveis aldrabices...
Mas se o não fizeram o POVO DE SOAJO não irá trair os legítimos direitos da milenar terra de SOAJO...
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Estas «PORCARIAS» foram em 1908, ao BRASIL, para dar a conhecer Portugal!
Um grande vulto da CIÊNCIA GEOGRÁFICA em Portugal foi, nesta época, o Professor SILVA TELES! Enganado por CHOFFAT escreveu e fez vingar pelas sucessivas repetições estas MENTIRAS, ERROS e BATOTAS, constantes neste seu texto e, no manual escolar de "COROGRAFIA DE PORTUGAL" [Geografia de Portugal] para o ensino primário de que foi autor!
Ainda, perduram, em 2020, estas «PORCARIAS» por causa de serem do AGRADO DO PODER MUNICIPAL de A. DE VALDEVEZ e, pela passividade demonstrada, pelo autarca de Soajo, que vem colaborando, sistematicamente, há décadas, embora, por vezes, se pressinta que o faz, manhosamente, porque sabe quanto eles não gostam de SOAJO!
ÀS «PORCARIAS» JUNTAM -SE, POR VEZES, AINDA MAIS DEJECTOS PARA INFECTAREM O RIO VEZ E A SERRA DE SOAJO, NOMES QUE FORAM MUITAS VEZES PARCEIROS NOS SÉCULOS PARA DESCREVER PORTUGAL!
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Sabemos muito bem que o poder municipal, com sede na vila do Vez, sempre vai dizendo que "JÁ É TARDE" para se alterar o nome do Parque Nacional, para nada se fazer, sobre a relevantíssima identidade da SERRA DE SOAJO
Incrível!
É mais um vergonhoso TRUQUE para desmobilizar os SOAJEIROS de lutar pela VERDADE!
Nas descrições sobre PONTE DO LIMA, quando abordam o nome da serra em causa, referem-na naquela autarquia como «SERRA DE SOAJO».
Os limianos sabem bem que o criminoso de Ponte de Lima se refugiou na SERRA DE SOAJO, e não na falsa “Peneda” e, ainda, para cúmulo dos disparates, ligado ao "penedo geodésico do Pedrinho", de Sistelo!
Os limianos sabem que o cargo de monteiro-mor da MONTARIA REAL DE SOAJO foi pago, durante séculos, na vila de Ponte de Lima.
Também é sabido que o «TRIBUNAL DO JULGADO DE SOAJO» esteve muito tempo ligado à «COMARCA DE PONTE DO LIMA».
As pessoas afectas ao pelouro da cultura no município de Ponte de Lima, em geral, são competentes e não MENTEM, para atacarem valores patrimoniais intangíveis de Soajo!
Serra de Soajo, 22/07/20
Jorge Ferraz Lage