COM ATRASO DE ANOS INAUGURARAM, EM AGOSTO DE 2018, A EVOCAÇÃO ESCULTÓRICA DOS 500 ANOS DA EMISSÃO DA «CARTA DE FORAL DA TERRA E CONCELHO DE SOAJO», MAS FOI REDUZIDA MATERIALMENTE E SEM ABORDAGEM DOS NOMES DAS FREGUESIAS!….
DE FACTO A ESCULTURA COMPLETA AO «FORAL DA TERRA DE SOAJO» NÃO FOI AINDA INTEGRALMENTE INAUGURADA, PORQUE MATERIALIZARAM EM “BRONZE” APENAS, MENOS DE METADE DO QUE HAVIAM PROMETIDO! ASSIM, O FALHANÇO NÃO FOI TOTAL...
EM 1514 O REI D. MANUEL I DEU CONTINUIDADE AO MUNICÍPIO DE SOAJO MANTENDO TODAVIA A GENERALIDADE DAS PRERROGATIVAS ANTES EXISTENTES, NOMEADAMENTE, EM MATÉRIAS DE PRIVILÉGIOS ÍMPARES EM PORTUGAL, MOTIVADOS PELO ENVIO ANUAL DE «CINCO CÃES SABUJOS DA SERRA DE SOAJO» E, POR NA «TERRA DE SOAJO» EXISTIR UMA DAS MONTARIAS DO REINO, SEMELHANTE ÀS DE LEIRIA, ÓBIDOS, SINTRA, COIMBRA, ÉVORA, E POUCAS MAIS, PARA QUE A NATUREZA FOSSE PROTEGIDA ATRAVÉS DA VIGILÂNCIA DE GUARDAS-MONTEIROS ACOMPANHADOS DOS GRANDES E VALENTES CÃES DA RAÇA DE SOAJO...
Como se pode observar o Foral não foi dado à freguesia ou paróquia de Soajo, mas sim ao município de Soajo, ou seja à «TERRA E CONCELHO DE SOAJO», contemplando, portanto, todas as povoações e pessoas das freguesias de Ermelo, Gavieira e Soajo.
À data da emissão do «FORAL DA TERRA E CONCELHO DE SOAJO» apenas havia duas freguesias no município de Soajo, porém, após duas décadas, constituiu-se uma terceira paróquia com o nome retirado de um lugar de Soajo, chamado Gavieira.
De facto, à data da emissão do Foral, a extensão geográfica e de administração autárquica da «TERRA E CONCELHO DE SOAJO» ia desde a Portela do Lagarto (a limitar actualmente com Lamas do Mouro) até à «Laje das Cruzes» (situada à beira Lima e limitando com Gração/S. Jorge) que fica, aproximadamente, em frente do rio Tamente (município de Ponte da Barca)!
Cerca de duas décadas, depois de 1514, foi criada a paróquia da Gavieira, pelo que o disposto no Foral enquanto vigorou, que foi até 13 de Agosto de 1832, aplicou-se nas três paróquias: ERMELO, GAVIEIRA E SOAJO.
Todas as três paróquias gozaram das mesmas isenções de foros, tributos e rendas, perante o rei e a Coroa Real (“Estado”).
Ao ser assim, então, as freguesias de Ermelo e Gavieira não deveriam ver-se DESPREZADAS pois não mereceram quaisquer alusões tanto ao nível descritivo no texto da placa metálica, fixado no pedestal da escultura, como ainda nas parcas palavras usadas no momento da inauguração!
Por parte dos não Soajeiros não causa espanto, mas a impreparação e a falta de verdadeiro amor a Soajo do autarca em minoria na Junta de Freguesia já não causa estranheza.
Quem não o viu votar na Assembleia Municipal contra a saída da lama da qualidade de «vila», da sede de Soajo, para se tentar na Assembleia da República solucionar essa vergonhosa situação muito alimentada ao longo dos tempos, directa e indirectamente, pelo poder municipal sedeado na vila do Vez, e por alguns arcuenses influentes, cultos ou não?!
Quem não vê o autarca-mor de Soajo, mais ou menos às claras a APREGOAR e a COLOCAR-SE, quase sempre, contra o solucionar da humilhante e indigna situação do nome «Serra de Soajo» que apesar de contar com muitos e muitos séculos de existência, nos últimos trinta anos tem o uso do seu nome caído a pique, em grande parte por não ter sido incluído no nome do Parque Nacional, mas também pela política cultural do município de Arcos de Valdevez que tudo fez no tempo da influência de Francisco de Araújo para o arrasar em definitivo?!
Legenda: Em território do Mezio, da autarquia de Soajo, a águia-real foi exposta mas nehuma referência foi feita para a relacionar com o Foral da Terra de Soajo, e com a Montaria Real de Soajo!
Quem não tem visto o autarca-mor a COLOCAR-SE contra SOAJO na questão dos limites da freguesia com Cabana Maior que pretendiam ficar com todo o território do planalto do Mezio, e mandar o de SOAJO para as RAMPAS, e ainda, apropriar-se do restante território até perto da Travanca, onde houve um MARCO CHAMADO DE MOSQUEIROS, mandando Soajo, para a Branda de Mosqueiros, para de lá se sair por «ÁGUAS VERTENTES» PARA GUIDÃO, contrariando assim, por absurdo, as POSSIBILIDADES DA MÃE-NATUREZA?!
Legenda: O nome «Peneda», donde resultou a DIVULGAÇÃO inicial, mas ERRADAMENTE do nome da SERRA e mais tarde por inclusão deste nome no do Parque Nacional, fica, PARADOXALMENTE, fora dos limites externos do Parque Nacional! A cota na falsa "PENEDA" é de 1373,6 m mas só no cimo da torre onde instalaram o marco geodésico de 1ª ordem. O ALTO DA PEDRADA tem 1416 m e, na «SERRINHA», situada no lado nascente da Fonte das Forcadas a cota sobe a 1390 m , portanto superiores à do Pedrinho (falsa Peneda)! A freguesia de Sistelo não tem território dentro do Parque Nacional, EMBORA, funcionários da sede do PARQUE NACIONAL digam que tem...
Legenda: Tiveram de colocar uma etiqueta a azul mais escuro com o no nome SERRA DE SOAJO, mas só depois de advertidos, num mapa, QUE SUBIU AO Mezio, sobre uma EXPOSIÇÃO acerca do lobo ibérico! Remediarem, MAS MAL parte da provocação, PORQUE não tiraram o nome errado da serra que haviam colocado! Serra genérica há uma apenas! Dividir o RIO, em VEZ e em BRAGADELA, NUNCA O FAZEM, porque dizem ser UNO E INDIVÍSIVEL!
CONTINUAM PORTANTO IGNORANTES E ATREVIDOS COM O TRATAMENTO NOMINAL DA SERRA DE SOAJO...
Mas veio O AUTARCA-MOR com o pretexto de se ceder um «bocadinho» aqui e, outro «bocadinho» acolá, a Cabana Maior, sem acautelar, DEVIDAMENTE, OS INTERESSES DE SOAJO, para seguir as directrizes do grande inimigo de Soajo, Francisco de Araújo, que retirou TERRITÓRIO QUE FOI, DURANTE MUITOS SÉCULOS NO PLANO AUTÁRQUICO, DE SOAJO, entregando-o a S. Jorge!
Legenda: A serra é só uma, e uma só, mas há "SÁBIOS IGNORANTES" que apresentam FENÓMENOS BURLESCOS porque dizem existir dentro do território AUTÁRQUICO oficial de Soajo, do Mezio à vila de Soajo, a TRAVESSIA DE duas serras, num percurso de 6,8 Km. Quem foram os "SÁBIOS IGNORANTES"? Quem pagou esta tamanha estupidez?
O autarca-mor vai convidar o RANCHO FOLCLÓRICO DA VILA DE SOAJO, para INAUGURAR ESTA SINALÉTICA, e aproveitar para dizer mais asneiras, como a de que os MALES FEITOS NÃO TÊM REMÉDIO [talvez com o seu veneno cerebral], com o objectivo de ENGANAR os SOAJEIROS para os desinteressar de lutar CONTRA AS FALTAS DE VERDADE QUE AMORDAÇAM SOAJO!
Castro Laboreiro puxou para si Lamas do Mouro, passando a haver um território autárquico com 106 km2! SOAJO, deixa que Cabreiro, tenha área territorial de Soajo, e prepara-se para que Cabana Maior retire a SOAJO precioso território do Mezio à Travanca, se os outros elementos da Junta, e fundamentalmente, da Assembleia de Freguesia se DEIXAREM ENGANAR!
Quem não sabe que o autarca-mor de Soajo, votou contra na sessão da Assembleia Municipal de Junho de 2018, para que se NÃO corrigisse o mapa cartográfico do município, em que, na zona mais EMBLEMÁTICA em termos orográficos, DA FREGUESIA, DA SERRA, DO MUNICÍPIO, E DO DISTRITO DE VIANA DO CASTELO, figuram, ABERRANTE E INDEVIDAMENTE, GONDORIZ E CABREIRO, a PARTILHAR TERRITÓRIO ADMINISTRATIVO DE SOAJO que, por ESCRITURAS CENTENÁRIAS DESTAS DUAS FREGUESIAS NÃO ADMITEM LÁ SEQUER UM MILÍMETRO DE TERRITÓRIO?!
ESPANTOSA ESTA ATITUDE DE INDIFERENÇA, DE INSENSIBILIDADE, DO AUTARCA NATURALIZADO CANADIANO!
Voltando ao assunto central, direi que falar em «Foral de Soajo» não é o mesmo que referir «FORAL DA TERRA DE SOAJO»!
Se no monumento que ergueram na Vila do Vez consagraram e RESPEITARAM todos os nomes das paróquias, à data existentes, que contribuíam com obrigações fiscais, quer pagas em espécie ou em moeda, por que não seguiram o mesmo critério com a escultura alusiva à evocação do «Foral da Terra e Concelho de Soajo»?
É certo que no caso da «TERRA E CONCELHO DE SOAJO», pelas isenções MOTIVADAS COM AS ENTREGAS ANUAIS DE «CINCO SABUJOS», não se mencionou Ermelo, mas havia pelos conteúdos do Foral obrigações a satisfazer, não em função dos moradores de cada paróquia em concreto, mas perante o «Monteiro Mayor», e ainda, para cumprimento de outras normas relativas às «PENAS DE ARMA, DE SANGUE E DE FORAL», ESTA ÚLTIMA POR INCUMPRIMENTO DO PRECEITUADO NO FORAL», como, ainda, por outras OBRIGAÇÕES NELE ESPECIFICADAS!
ATENTAS TODAS ESTAS RAZÕES LOGO SE VÊ QUE O PODER MUNICIPAL NÃO ESTEVE BEM AO MARGINALIZAR A GAVIEIRA E, SOBRETUDO, ERMELO, por ser já paróquia em 1514!
Na «CARTA DE FORAL DA TERRA E CONCELHO DE SOAJO» são referidos alguns mamíferos bravios e, apenas uma ave, animais que deveriam ser os que mais cuidados suscitariam ao «monteiro mayor» para serem objecto de controlo populacional. Foram estes: o urso, o corço, o porco-bravo ou javali, e a águia. Deles, na toponímia local ficaram a «Torre da Águia» (um dos limites de fronteira de Soajo com a Gavieira), o «Coto das Águias» (muito próximo do cemitério da vila de Soajo), o «Porco», a uma altitude de 779 m, situado muito a poente da Trapela e do Murço, e a sudeste da Asssureira.
O autor do projecto da escultura quando o apresentou , não incluiu nenhum dos seres vivos constantes no «Foral», apenas lhe mereceu interesse o falcão, talvez pensando que os caçadores de Soajo, embora VIGIADOS pelos OFICIAIS monteiros ao serviço do Rei e da Coroa Real, pudessem usar este ave na caça!
Na altura disse ao escultor que não era correcta a escolha do falcão, e se não quisesse optar pela águia, então sugeri o gavião pois teria mais sentido até porque o
Reverendo Padre Manuel José Rodrigues Afonso, que foi pároco na Gavieira, desde 1940 até falecer em 1995, admitiu que o nome Gavieira resultou de haver muitos gaviões naquela zona da serra. Ao figurar na peça escultórica o gavião ao menos adequava-se, de algum modo, ao território da «Terra e Concelho de Soajo»!
Mas o que também surpreendeu muito, por disparatado, foi ter ficado consignado na placa metálica apensa à escultura que o gavião é um «símbolo da Serra de Soajo e da liberdade», porventura, digo eu, da liberdade dos Soajeiros anteriores aos tempos idos de 1852 e 1853!
Lamentamos que o talento, engenho e arte do escultor Fernando Cerqueira, não tenham podido ser revelados na sua plenitude, em boa parte, por causa do emagrecimento e da muito menor altura do monumento projectado que, sem as devidas e justas pressões, já nem seria feito...