NÃO, "CÃO CASTRO LABOREIRO"! SIM, «CÃO SABUJO DA SERRA DE SOAJO»! OS FALSÁRIOS DO SÉCULO XX E, OS DA ACTUALIDADE, FAZEM CORRUPÇÃO PARA CONTINUAREM A USURPAR...
A REFEÊNCIA MAIS ANTIGA DO CÃO SABUJO DE SOAJO, EM CASTRO LABOREIRO, FOI FEITA NA OBRA DE PINHO LEAL, EM 1874, DAÍ AJUSTAREM ALGUNS CRIADORES NOS SEUS TEXTOS A SUA ANTIGUIDADE AO SÉCULO DEZANOVE, ARGUMENTANDO QUE AS RAÇAS DE CÃES DE GADO SÃO POUCO ANTIGAS...
IMPRESSIONANTE MUDANÇA DE ARGUMENTOS DE QUEM ANDOU A DEFENDER UMA ANTIGUIDADE DE MUITOS SÉCULOS, DA RAÇA DO CÃO DA SERRA DE SOAJO, MAS INDEVIDAMENTE CHAMADA POR OUTRO NOME, MAS SÓ ATRAVÉS DO RECURSO A BATOTAS!
ORIGINÁRIA, EXCLUSIVAMENTE, DA FREGUESIA DE CASTRO LABOREIRO SÓ ATRAVÉS DE CHINESICES!
O CASTREJO AMÉRICO RODRIGUES, SEM POSSIBILIDADES DE DEFENDER E SUSTENTAR A "TESE DE ENGANAR PEQUENINOS", LANÇA NOVA TRAFULHICE, AO QUERER ORIGINAR A RAÇA APENAS NO SÉCULO XIX, QUANDO DESDE A IDADE MÉDIA É REFERENCIADA EM SOAJO, TERRA FRONTEIRA COM CASTRO LABOREIRO!
CONTRARIADO POR DOCUMENTOS AUTÊNTICOS E POR MUITOS SEGUROS ARGUMENTOS, LANÇA UMA NOVA TÁBUA DE SALVAÇÃO, AO QUE PARECE, POR INFLUÊNCIAS DE TACTICISTAS...
O castrejo Pe. Bernardo Pintor, na publicação de 1965, «Castro Laboreiro e seus forais», escreveu que a sua freguesia natal é terra no país «bem conhecida pela fama dos seus corpulentos cães de guarda»!
Esta afirmação continua ainda verdadeira, só que à custa da usurpação do genuíno nome «CÃO SABUJO DE SOAJO» e, de outras aldrabices já com barbas brancas. Mas, eis que, recentemente, apareceu mais uma novidade idiota, feita por um solidário de SINTRA, criador de sabujos, que desconhece que este velho concelho também teve uma circunscrição administrativa de protecção da natureza que era vigiada por oficiais monteiros com cães sabujos de Soajo, desde pelo menos o século de 1400!
Na verdade não disse o Pe. Pintor que esta fama se deve também ao facto de ter sido negado, em 1935, pelo Prof. Doutor Manuel F. Marques, o nome do cão usado durante muitos séculos.
Este último autor publicou uma pequenina obra, um opúsculo, sobre a raça canina mais antiga e documentada em Portugal, intitulando-o, erradamente, com o NOME falseado, não obstante ter sido a raça criada, durante séculos, em boa parte da SERRA DE SOAJO, e com o nome ligado ao «concelho e montaria» de Soajo.
O facto de terem, também, atribuído a Castro Laboreiro um documento de Soajo, de 1401, que aborda a raça de Soajo, em Soajo, e o considerarem, aberrantemente, como sendo de C. Laboreiro, contribuiu para o sucesso da fraude do nome do cão!
Com estes expedientes tentou no seu opúsculo sobre o cão, justificar o Prof. Doutor Manuel F. Marques, mentirosamente, o nome aldrabado que escolheu!
Como se isto, ainda, não chegasse, ousou, o Prof. Manuel Fernandes Marques para difundir as ALDRABICES anteriores, recorrer a mais uma incrível e eficaz TRAFULHICE, através do principal canal de comunicação literário de GRANDE DIVULGAÇÃO, à época de 1940, que foi a «Grande Enciclopédia Portuguesa e Brasileira»!
!Nesta obra enciclopédica, de facto, os «CINCO CÃES DE SOAJO», referidos no seu opúsculo, deixaram de ser enviados, anualmente, aos REIS DE PORTUGAL, pelos habitantes de Soajo!
Lamentavelmente, com mais TRAFULHICES, os «CINCO CÃES SABUJOS», OBSERVEM BEM, passaram a ser remetidos pelos habitantes de Castro Laboreiro, no século de 700, e a “SENHORES”!
INCRIVELMENTE, através destas condenáveis deturpações expostas na «GRANDE ENCICLOPÉDIA» veicularam-se para o público do país e doutros, TRÊS CHOCANTES E ESPANTOSAS ALDRABICES!
SIM, TRÊS INCRÍVEIS ALDRABICES, pois, as mudanças - do nome da TERRA do envio dos cães, do SÉCULO da emissão do documento, e dos DESTINATÁRIOS dos SABUJOS - foram feitas INTENCIONALMENTE para que vingasse, em exclusivo, o nome falseado e, fosse MORTO, o nome CÃO DE SOAJO -, usado ao longo de séculos|
O Prof. M. F. Marques REJEITOU, como sendo IMPRÓPRIO o nome «CÃO DE SOAJO», que o mesmo foi dizer que, era INCORRETO OU ERRADO!
Mas se era incorrecta a designação «CÃO DE SOAJO», quais as razões que levaram o Prof. Manuel Marques a ALDRABAR, servindo-se de várias e enganosas APARÊNCIAS, e porquê que não justificou em que estava errado o nome «CÃO DE SOAJO»?!
Como também não foi especificado quem eram estes “SENHORES”, ironizo este ATAQUE ABERRANTE do Professor Manuel F. Marques, admitindo que, talvez fossem os “SENHORES ÁRABES”, invasores da IBÉRIA, comandados por TARIQUE, no ano 711, os recebedores de «CINCO SABUJOS DA SERRA DE SOAJO»!
Esta ENCICLOPÉDIA tem também o currriculum vitae do autor do estalão do «CÃO DE SOAJO»! Foi elaborado na década de 1940, e através dele se vê que Manuel Marques, em 1935, ano da feitura da caracterização desta raça, tinha 48 anos de idade.
O Pe. Pintor manifestou outra opinião quase tão disparatada como a do seu conterrâneo, Rodrigues das “Lérias” sobre o envio dos CÃES SABUJOS DE SOAJO, que só, na segunda metade do século XIX, é que foram referenciados como existentes, também, em Castro Laboreiro!
Escreveu, o Pe. Pintorm no «Notícias dos Arcos», de 1/11/ 1953, que os «cinco sabujos» referidos no Foral de Soajo, eram «cães de raça próprios para a caça de montaria, isto é, porco-bravo e semelhante. É natural que este tributo não fosse recebido pelo rei directamente mas sim por qualquer donatário.»
Que fantasias inventou, PINTOR, para tanto disparatar!
No entanto, em 1953, os «cães de Soajo» mencionados no FORAL de SOAJO, de 1514, foram todavia, pelo Pe. Pintor, considerados de «raça» e, não como «RELES RAFEIROS», como se atreveu a escrever "nas cinquenta e três páginas" o castrejo das “Aldrabices” e “Lérias”!
De facto, no «NOTICIAS DOS ARCOS», em 1953, ao escrever o Reverendo Pintor que os «CINCO SABUJOS» eram recebidos por «qualquer donatário», tal não passa de uma mera “pintura” surrealista, por tanta valorização do fantasioso!
Sucede que, PINTOR, transcreveu, em 1981, na obra «Por terras de Soajo, São Bento do Cando na freguesia da Gavieira», o documento de 1401, em que se diz: «Queixaram-se os moradores [de Soajo] de que fidalgos se haviam ali vindo estabelecer…» e (…) lhes tiravam os cães de guarda, chamados sabujos (…)».
Também, Pintor, na obra «Santuário da Senhora da Peneda, uma Jóia do Alto Minho», publicada em 1976, escreveu que «O Pe. Carvalho da Costa informa na Corografia Portuguesa que o povo de Soajo pagava ao rei apenas 5 cães sabujos».
Ainda, Pintor, na sua obra de 1976, sobre o «Santuário da Peneda» disse que, Frei Agostinho de Santa Maria, recolheu na sua extensa publicação «Santuário Mariano», em princípios do século XVIII [1710], acerca da Peneda, do concelho de Soajo, que os habitantes desta autarquia pagavam somente «cinco cães sabujos» a el-rei!
Uma vez que, neste ano, se vivia era apenas uma família, no sítio da ermida da Senhora da Peneda, e não seria ela, com certeza, que pagaria a el-Rei, os «cinco cães sabujos».
Perante este panorama, dos CÃES DE SOAJO, que o Pe. Bernardo Pintor apresentou, claramente, se constata, que teve ensejo de os ver declarados com a POLIVALÊNCIA de cães SABUJOS e de GUARDA!
Mas não teceu Pintor, que eu saiba, qualquer tipo de relacionamento entre os dois nomes destes cães, que SÓ PASSARAM A AFAMAR, especialmente, Castro Laboreiro, depois das batotas. A MESMA RAÇA de cães, ao longo de muitos séculos, APENAS CELEBRIZOU SOAJO, e , ainda, desobrigou os Soajeiros, a viver em qualquer lugar do concelho, a não terem que pagar vários foros e tributos à Coroa de Portugal, isto é, ao Estado!
Pintor, não quis dizer nada sobre os cães, em termos comparativos, para evitar expor que os cães eram da mesma serra e raça!
Mas, Pintor, soube muito bem, através do que escreveu sobre os «cães de Soajo», que havia grandes ALDRABICES contidas na «Grande Enciclopédia», sobre os «cinco sabujos»!
Todavia, não os explorou e TRANSPARECEU para não DAR A SABER AS GRANDES BATOTAS SOBRE A PROBLEMÁTICA DA RAÇA CANINA MAIS GENUÍNA E ANTIGA DE PORTUGAL!
No entanto, Bernardo Pintor, procurou escrever sobre outros assuntos, nomeadamente, para dizer que as pessoas da sede de Soajo, em 1953, continuavam «no verão a apascentar seus gados nos montes próximos da Peneda», especialmente, na branda de Felgueira Ruiva, que se situa muito perto da fronteira com C. Laboreiro!
As antigas fronteiras de Soajo com Castro Laboreiro quis, Pintor, defendê-las pelo ribeiro da Peneda! Porém, confrontando-se, o tombo de 1565, de Castro Laboreiro, nota-se que ignorou as fronteiras explicitadas no foral de Soajo de 1514! Embora estas sejam mais antigas ganharam modernidade, com a sua TRANSPOSIÇÃO, para o tombo de Soajo, de 1795!
Disto, resulta que Soajo tem mais e melhores trunfos do que Castro para que se justifiquem as fronteiras desviadas do ribeiro da Peneda...
Também se referiu, Pintor, ao «Coto da Veiga Longa», local a que os soajeiros chamavam «Penedo dos Ramos» onde se colocava um ramo verde para sinalizar e anunciar aos castrejos que as pastagens passariam a ser só usadas pelos gados de Soajo, desde 11 de Julho ( em tempos mais antigos eram utilizadas desde 26 de Março), dia da festa de São Bento do Cando, até 8 de Setembro. Manifestou, Bernardo Pintor, o quanto estes usos desagradavam aos seus conterrâneos, mas o que é verdade é que a fronteira de Soajo com Castro faz-se, não pelo coto mas sim pelo fundo da Veiga Longa como reza o tombo de 1795!
Com a florestação mandada fazer pelo Estado Novo houve deslocação da branda de gados de Felgueira Ruiva para a «Veiga da Matança», mas os castrejos do Ribeiro de Cima, abusivamente, destruíram a casa dos pastores feita na «VEIGA DA MATANÇA» pelos SOAJEIROS, imediatamente, no pós revolução do 25 de Abril de 1974! Esta casa que demoliram estava em território que não pertencia aos castrejos e, tinha sido construída, nos primeiros anos de 1950, com donativos angariados entre os soajeiros residentes e não residentes, especialmente, pelos que viviam em Lisboa e periferias, e também nos USA.
Outro aspecto abordado por Pintor, no "Notícias dos Arcos", em 18/10/1953, foi o da designação do «Monte de Laboreiro» que interpretou como abrangendo «uma série de montes que vinham da Galiza e chegavam à serra da Peneda que a mesma coisa é que a SERRA DE SOAJO.»
Pintor, DE FACTO, afirmou, em respeito pela verdade que a serra, embora com outro rebaptismo, não é senão a que nos séculos e séculos os cartógrafos e abalizados homens de cultura designavam apenas como SERRA DE SOAJO!
Comento esta última afirmação, dizendo que Pintor, em 1953, diz que existe UMA ÚNICA SERRA e que tem DOIS NOMES alternativos DIFERENTES!
Porém, em 1977, Pintor, na segunda edição de «O Recontro de Val-de-Vez onde foi», apresenta este assunto mais baralhado, porque foi dizendo «que dizem alguns que há DUAS SERRAS e, cada uma delas, COM SEU NOME ESPECÍFICO! Também escreveu nesta obra, em vez de «Monte Laboreiro», «Montes de Laboreiro», e que a abrangência destes foi muito mais ampla!
Termino este texto com algumas ironias para dizer que:
Pintor não explica como as conseguem separar fisicamente, se é pelo vale do INFERNO, se pelo rio EUFRATES, ou pelo rio RENO!
Segundo os "MARQUESES VALDEVEZENSES", a autarquia, SOAJO, que é uma realidade em termos constituicionais, tem o privilégio de ficar em DUAS SERRAS, O QUE NÃO ADMIRA PORQUE O "MARQUÊS DE MARIPRETO" GOSTA MUITO QUE SOAJO SEJA "MUITO GRANDE" E, PARA TAL, O MAPA DAS FREGUESIAS É TÃO CERTINHO QUE UM MENINO VALDEVEZENSE, DE DOIS ANOS, DIZ QUE NÃO HÁ IGUAL EM TERMOS DE PERFEIÇÃO EM TODOS OS RESTANTES MUNICÍPIOS DE PORTUGAL!
HÁ QUEM ENTENDA QUE O CÃO SABUJO SE MULTIPLICA TAMBÉM EM SEGMENTOS CORPORAIS, DE TAL MODO QUE, NA CABEÇA TEM UM NOME, NO PESCOÇO DOIS NOMES, E NO RABO CINCO NOMES.
O VIGÁRIO DE "ALGUIDARES DO EXTREMO" TAMBÉM VETERINÁRIO, EM 1758, COM A SUA ALTA CULTURA DE GEOGRAFIA EVANGÉLICA DISSE QUE HAVIA UMA MULTIDÃO DE SERRAS ENTRE O MINHO E O LIMA, UMA VEZ QUE JUDICIOSAMENTE NÃO ERA CAPAZ DE CONFUNDIR UMA SERRA COM UM MONTE!
Estes últimos saberes aprendem-se no mais recente "boletim cultural" do GEPA, lá para as bandas do vale do rio Bragadela ou Vez! Nele ficámos ainda a saber através de uma "IMAGINADORA DE PRAGA" que a Peneda foi uma branda de Bouças, desde o século dois, e que o santuário da Peneda foi totalmente feito na pré-história!
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A SEGUIR APRESENTAM-SE MAIS ALGUMAS PROVAS DOCUMENTAIS RELEVANTES SOBRE O QUE FOI ESCRITO ACIMA:
Este último extracto foi obtido do opúsculo relativo ao ESTALÃO da raça, elaborado por Manuel F. MARQUES.
Neste último texto notam-se as confusões resultantes das influências do suiço Choffat que foi quem criou a expressão «galaico-duriense» e, que considerou o nome serra de Soajo como sinónimo da serra Amarela com a altitude de 1361 m, no marco geodésico da Louriça! Todavia, no novelo das confusões colocaram alguns enganados a de Soajo (AMARELA) como sendo parte da serra a norte do Lima com a altitude da Louriça.
A Peneda, como nome da serra, na versão que a relacionava com o marco do Pedrinho tinha somente 1373 m!
Destas diversas distorsões resultou dizer, Fernandes Marques, que no espaço montanhoso do Lima ao rio Minho, as aparentes duas partes da única verdadeira SERRA DE SOAJO, não atingirem 1400 m de altitude, apesar de, muito exactamente, ter na freguesia de SOAJO, no Alto da Pedrada, a serra do Lima ao Minho 1416 m de altitude máxima.