Suzanne Daveau foi a um texto de 1706, na obra do Padre Carvalho da Costa, em que se diz que o concelho de Soajo pagava um «CRUZADO PELOS PASTOS DA PENEDA" e, a partir desta informação, com ligeireza e irresponsavelmente conclui que isto justifica o nome errado da serra, ensinado ao ilustre geógrafo, Orlando Ribeiro, por Silva Teles, que ousou também dizer que a SERRA DE SOAJO se situava a sul do RIO LIMA, e era sinónimo de SERRA AMARELA!...
Não sei se Daveau consegue extrapolar que por ter havido pastos na estrada pedonal muita antiga de Benfica se justifica que o SPORT LISBOA E BENFICA retirou o seu nome do uso destes pastos com que se alimentaram os cavalos em épocas remotas, por não consumirem gasolina...
Sabemos que no foral de Soajo se diz que: «não há montados nem maninhos porque é tudo dos moradores da terra»!
Os «CINCO SABUJOS» ao rei e os foros de animais abatidos eram pagos pelos moradores de Soajo ao monteiro-mor, mas não pelos usos de pastos!
Não pagavam, de facto, os moradores de Soajo o imposto designado por «montado» pela utilização das pastagens nas altas montanhas, uma vez que no foral se diz objectivamente que estavam ISENTOS dele os MORADORES DA TERRA E CONCELHO DE SOAJO!
Pagava-se UM CRUZADO ao rei e à Coroa Real, porque o CONCELHO DE SOAJO arrendava terrenos com pastagens às paróquias de Parada do Monte, Gave e Cubalhão e, sendo réditos provindos de moradores do concelho de VALADARES, e não de SOAJO, então ERAM tributados.
DOCUMENTO, DE 1650, PUBLICADO NO NOTÍCIAS DOS ARCOS DÁ LUZ PARA COMPREENDER A RAZÃO DO PAGAMENTO DE UM CRUZADO, SEM SE VIOLAR A LEI DO FORAL DE SOAJO!
Eram estas as razões e não o imaginado por DAVEAU!
Elaborar, Daveau, artigos a referir o nome errado da serra é proceder de forma tão desatinada como o fez o médico goês que muito contribuiu por o tomarem como detentor de conhecimentos científicos acertados, quando tratou de assuntos das montanhas de SOAJO E AMARELA APESAR SDE SER SEGUIDISTA DOS DISPARATES DO SUÍÇO CHOFFAT!
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Na Geografia [COROGRAFIA] de Portugal de Emiliano Augusto Bettencourt, publicada na edição 17ª em 1895, o nome de uma das mais notáveis serras de Portugal era desta forma mencionado.
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Este mapa de Portugal tem o carimbo, para lhe conferir maior validação e autenticidade, da «SOCIEDADE DE GEOGRAFIA DE LISBOA», instituição de que foi co-fundador EMILIANO A. BETTENCOURT, e não obstante o agressivo e injusto ataque perpetrado por Gerardo Pery, nunca seria bem sucedida a sua ousadia, sem a torpe, repugnante e disparatada aldrabice do suíço, Paul CHOFFAT, que resolveu expatriar o nome SERRA DE SOAJO para o TERRITÓRIO DA SERRA AMARELA!
Mas APESAR de tudo isto, vários autores tornaram-se seus discípulos, confiando nele por manifesta IGNORÂNCIA!
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Na edição publicada por Emiliano Bettencourt em 1870, portanto, vinte e cinco anos antes da última sua edição de 1895, ensinavam-se, em TODOS, sim, em todos os MANUAIS ESCOLARES, de diferentes autores, aos alunos portugueses, APENAS o nome «SERRA DE SUAJO», escrito, também com a grafia «SOAJO»! A serra do Gerês também era ensinada...
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Um ano depois de instituído o mal denominado PARQUE NACIONAL, em 1972, o cientista e professor catedrático CARLOS TEIXEIRA, natural do Minho, muito ligado a Rossas, Vieira do Minho, bom conhecedor das serras de SOAJO, GERÊS E CABREIRA, quando coordenou a feitura do MAPA GEOLÓGICO OFICIAL DE PORTUGAL, não se deixou influenciar pelas trafulhices, erros e mentiras...
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O Prof. Carlos Teixeira não se deixou iludir pela altitude de 1373 m e pelo nome da falsa "Peneda", a substituir o topónimo PEDRINHO, pois consignou como nome único e correcto o velhinho de séculos e séculos: «SERRA DE SOAJO»!
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A professora Suzanne Daveau, autora desta investigação sobre os nomes das principais serras de Portugal, cometeu alguns erros graves, nomeadamente, ter considerado a «Portela da serra da Estrica» como nome geral da serra. Mas uma "Portela" é, pura e simplesmente, uma portela, isto é, «uma passagem ou depressão entre montes ou montanhas». Nas diversas listas das serras que Daveau compulsou não viu uma só vez "PORTELA DA SERRA DE SOAJO" mas apenas «serra de Soajo».
A «Portela do Homem» é uma passagem na Serra do Gerês, não é a Serra do Gerês! Todavia, nem a serra do Gerês foi referida, nem nenhuma portela no PRIMEIRO MAPA DE PORTGAL, que só foi destronado, 100 anos depois, em 1662 pela carta geográfica de Pedro Teixeira ALBERNAZ.
Concluiu, Suzanne Daveau, que no mapa de Fernando A. Seco, estava escrito "serra da Peneda", mas isto é uma FALSIDADE LASTIMÁVEL pois, o que nele consta é «PORTELA DOLELA PENEDA», que outra coisa não é , senão, uma portela, CONHECIDA, no século XX, por «PORTELA DE TIBO»!
«DOLELA» significa «DE OLELAS» que é o nome do vizinho lugar galego Olelas.
Se Susanne Daveau escreveu, indevidamente, «Peneda», como nome de serra, por que não considerou que a serra de Soajo ou "SOAIO", tinha também um nome "SERRA DE OLELA"?!
Também, no mapa de Pedro Teixeira Albernaz aparece «PORTELA DA SERA DA PIN E DA» (sic) que, pelas mesmas razões não é o nome geral de toda a serra, mas simplesmente uma «portela» situada antes no começo do íngreme DESFILADEIRO DE TIBO!
Que uma PORTELA não é uma serra, observa-se no decorrer dos séculos, uma vez que o nome Estrica não sobreviveu para designar uma verdadeira serra, e o nome "Peneda" só pegou por causa das batotas de ao, «Pedrinho», ter sido chamado "Peneda", e, ainda, por desterrarem a denominação «Serra de Soajo» para dar nome alternativo, ou seja, como sinónimo da «SERRA AMARELA».
Concluo esta apreciação, dizendo que, a distinta professora Suzanne Daveau, forçou por mal interpretar uma "portela" como "serra", para TENTAR e justificar, ERRADAMENTE, como nome actual a falsidade "serra de Peneda", talvez para salvar a face ao Prof. Orlando Ribeiro que nunca quis corrigir os DISPARATES do seu mestre SILVA TELES, que enganou, em 1906, Paul Choffat, ou foi por ele enganado, pois ambos INVENTARAM E ESCREVERAM, EM 1907 E 1908 que, o nome SERRA DE SOAJO, DÁ NOME TAMBÉM À SERRA AMARELA!
Aliás, Suzanne Daveau, organizou, comentou e actualizou uma «GEOGRAFIA DE PORTUGAL» editada em 1987, a que atribuiu a autoria a Orlando Ribeiro e HERMANN LAUTENSACH, e nela se observa que a serra tem para o primeiro o nome de Peneda, seguindo assim a intoxicação do seu mestre, mas, Lautensach, apelidou-a muito exactamente por SERRA DE SOAJO!
E não foi de ânimo leve que Lautensach o fez, pois, PARA ELABORAR A SUA TESE DE DOUTORAMENTO SOBRE «GEOGRAFIA DE PORTUGAL», muito dedicadamente, levantou, analisou e publicou a bibliografia das obras geográficas e da cartografia portuguesa, feitas ao longo dos séculos, o que lhe permitiu criticar construtivamente e, não seguir, os deploráveis ERROS cometidos por G. Pery e P. Choffat, usando por tal como que SAGRADAMENTE, na sua «Geografia de Portugal», os nomes antigos - SERRA DE SOAJO e SERRA AMARELA - nos seus espaços adequados, e rejeitou o nome "serra da Peneda", por resultar de ALDRABICES !
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Não obstante todo o panorama conhecido do nome da serra, EXPOSTO neste post e em muitos artigos publicados anteriormente, em que se afirma e PROVA, com SEGURÍSSIMA exactidão a SERRA DE SOAJO, ainda há, mesmo assim, quem RECORRA A SUZANNE DAVEAU e, a "curiosos" de assuntos geográficos sobre o nome da SERRA em causa, que se permitiram discorrer, como por exemplo, o vigário do Extremo, citado num contexto de «CAMINHOS VELHOS»! Estas trajectos foram desbravados e usados como tendo sido sempre da «TERRA DE VAL DE VEZ», mas que na verdade um deles, tem também a ver com a «TERRA E MONTARIA DE SOAJO», se quisessem respeitar a história e os povos de três antiquíssimas circunscrições administrativas de Portugal [sim três, pois a MONTARIA referida como sendo, e bem, um couto, em 1758, não era nenhuma simples «reserva de caça» como julgam e dizem alguns detractores] :![DSCF2778.JPG DSCF2778.JPG]()
Estas mordazes posições do verdadeiro e único autor deste texto que, pese embora tenham sido, apresentadas em co-autoria por duas pessoas, ao que parece para disfarce de "encomendas" e suavizar responsabilidades, constituem mais uma TENTATIVA para continuar a BARALHAR, DENEGRIR E ATACAR O BOM NOME DA SERRA DE SOAJO!
Mas, irá SER, BREVEMENTE, FEITO O CONTRADITÓRIO AO EXPOSTO, COM ARGUMENTOS , DEVIDAMENTE, APROPRIADOS, E TAMBÉM, com o objectivo de COLOCAR AS DESENXABIDAS PALAVRAS DO IGNORANTE VIGÁRIO, CRIADOR NA SUA PARÓQUIA "SERRA DA PORTELA DE VEZ" (!), NO LOCAL AJUSTADO, pois, CORGAS, RIBEIROS, RIBEIRAS, RIBEIRINHOS, MONTES, MONTINHOS, SERRINHAS E "SERROTES"...são como que visões microgeográficas que não se coadunam com o nome geral de uma ampla SERRA!
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Parte do mapa de Portugal, de Fernando Álvaro Seco editado em 1561, usando nomes recolhidos ao que parece no século anterior, e o facto de não ser mencionada o lugar de Arcos, de Vale de Vez, nem o estatuto de passar a sede de concelho, em 1518, como vila do concelho de Vale de Vez, muito reforça a antiguidade, pelo menos,
da recolha de dados.
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Nesta parte do mapa de Fernando Álvaro Seco, podem ver-se, quer a «PORTELA DOLELA PENEDA», como acidente geográfico de local de travessia, ou de passagem entre as elevadas montanhas do lado de OLELAS ( Galiza) e as elevadas montanhas da mencionada da«SERRA DE SOAIO» (SOAJO), quer a referência à «PORTELA DA SERRA DA ESTRICA», que fica a poente da actualmente designada Portela do Alvite, mas cujo nome se estende desde o sítio do lugar da Estrica, até um pouco acima do nome «SERRA DE SOAJO», por não caber todo no local próprio. Mas, uma portela, não é uma serra, e vice-versa.
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Nota final: Continua brevemente em novo post.