O Pe. Bernardo Pintor considerou o CÃO SABUJO DE SOAJO, também como um CÃO DE GUARDA! Mas quis ESTROPIAR a mais RELEVANTE DETERMINAÇÃO do FORAL que foi a CAUSA DO POVO DE SOAJO FICAR ISENTO DO PAGAMENTO DE IMPOSTOS, durante vários séculos!
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No FORAL DA TERRA E CONCELHO DE SOAJO, consta em «CADA UM ANO» para obrigar à entrega dos «CINCO SABUJOS»!
A seguir uma imagem desenhada do «CÃO DE GUARDA», da SERRA DE SOAJO, que um detractor castrejo apesar de não ter o FORMATO do «SABUJO IBÉRICO» identifica-o apenas como cão de caça, talvez porque quando se fala do Jesus só se entende como sendo a identidade de Cristo... A língua portuguesa tem palavras que são homónimas mas o castrejo Rodrigues dos «AXIOMAS» não sabe... Ainda não conseguiu Rodrigues perceber isto, e, por tal, se está escrito SABUJO, é sempre para ele o da península ibérica e, nunca, nunca, o da serra de Soajo ! Todavia, o castrejo Padre B. Pintor nunca caiu na idiotice de defender na mesma serra e em duas freguesias vizinhas duas raças de cães diferentes. Inteligentemente evitou relacioná-los porque não quis MENTIR...
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A estratégia de Pintor passou por IGNORAR a ENTREGA ANUAL de «CINCO SABUJOS» e de INTERPRETAR MUITO MAL a época [do ANO] em que eram ENVIADOS!
Não foi declarado no FORAL DA «TERRA E CONCELHO DE SOAJO» o mês do ANO ou a época do ANO, porém, NÃO HÁ, NÃO DEVE HAVER, A MÍNIMA DÚVIDA de que os «CINCO SABUJOS» tinham de ser entregues OBRIGATORIAMENTE TODOS OS ANOS.
Os SOAJEIROS sentiram bem na pele que o pagamento de impostos lhes alterou o nível de vida, o bem-estar, e por isso é que, em 20 de Abril de 1846, por iniciativa de Manuel Preto Rodas, do lugar de PARADELA, assaltaram o edifício da Câmara Municipal de Soajo, onde estavam os impressos da liquidação da "décima" - as "papeletas" - queimando-as, e pouco tempo depois caminharam em direcção a Braga para reforçarem na SENHORA DO ALÍVIO outras forças revoltosas.
Os Soajeiros foram comandados pelo valente e poderoso João Gonçalves do Outeiro, que exerceu a função de Juiz de Soajo, mas em 1 de Janeiro de 1854 já estava substituído ficando na história local como o último JUIZ DO JULGADO JUDICIAL DE SOAJO!
Voltando à data da remessa dos famosos «CINCO SABUJOS», enveredou Pintor por ignorar a ANUALIDADE pois sem esta periodicidade a IMPORTÂNCIA DA CARGA HISTÓRICA DO NOTÁVEL CÃO DE SOAJO seria secundarizada, enfraquecida, ou, se quisermos como que banalizada...
Para tal, quis então Pintor, veladamente, não referir a entrega ANUAL para persuadir que NÃO HAVERIA PERIODICIDADE ESTABELECIDA, e sem esta tinha melhores condições para ESTROPIAR uma referência essencial do FORAL manuelino de Soajo e, concomitantemente, defender o NOME DO CÃO COMO SENDO DA SUA TERRA NATAL! ASSIM, O NOME NEGADO DE «CÃO DE SOAJO» pelo autor do estalão, em 1935, continuaria a ser deformado!
Foi esta intenção PROPOSITADA, permitindo a Bernardo Pintor escrever, interpretando, defeituosamente, nos termos do texto reproduzido por fotocópia, que apresento mais abaixo...
O Pe. B. Pintor a quem muito conhecimento se deve do historial da região nordeste do Alto Minho não deixou de cometer erros históricos sobre assuntos de grande significância.
Já tive ensejo de apontar alguns, nomeadamente, o da afirmação que uns "Montes de Laboreiro" foram a designação das montanhas orientais de entre os rios Minho e Lima. Também outro erro foi o de que esta denominação da serra foi substituída por "serra da Peneda", o que é negado seguramente com muitíssimos documentos, pois, ao longo dos séculos, o nome genérico desta serra de Portugal foi sempre «Serra de Soajo» e evidenciada como uma das principais do país!
Mas eis que uma clamorosa, gritante e inacreditável deformação foi declarada em 1981 pelo investigador Bernardo Pintor ao IGNORAR uma afirmação contida no foral de Soajo de 1514, não obstante de uma forma CLARA, PURA, NÍTIDA E OBJECTIVA se referir que a obrigatoriedade do ENVIO dos «CINCO SABUJOS» tinha de ser feita em «CADA UM ANO», ou seja, ANUALMENTE.
Mas, Pintor, não SÓ NÃO REFERIU, como atrás disse esta PERIODICIDADE ANUAL, como apenas tentou interpretar a palavra, «REQUERER», num sentido exclusivo e, da conveniência dos interesses da terra da sua naturalidade.
O foral reza o seguinte: «não pagarão a nós nem à coroa Real destes Reinos nenhum foro nem tributo Real porque são obrigados de nos darem em CADA UM ANO aos tempos que lhos mandarmos REQUERER ou eles os quiserem mandar CINCO SABUJOS feitos de monte sem outra nenhuma coisa». Em face deste texto, então, se analisarmos este pedaço do foral somos levados a concluir que:
1 - Os «cinco sabujos» não eram enviados, por exemplo, de dois em dois anos, ou, de três em três anos, etc;
2 - «Requerer», pode ser empregue numa acepção diferente da palavra que B. Pintor endendeu como significando, «RECLAMAR»;
3 - A palavra «REQUERER» que foi muito usada no foral e, em outros documentos medievais, relativos ao «concelho e montaria» de Soajo, era tomada como sinónimo de «PEDIR»;
4 - A expressão em «CADA UM ANO», em vez de «anualmente», aparece escrita também a propósito do pagamento anual, por exemplo, ao monteiro-mor da Real Montaria de Soajo, Vasco Gonçalves, quando foi nomeado para o cargo em 1452.
Usando a palavra «RECLAMAR», Pintor, distorceu, como abaixo se verá, o que verdadeiramente não está no foral para ter a possibilidade de segundo a sua conveniência o manipular, retirando conclusões que dele não devem ser extraídas.
O Padre Pintor, com ela DEFORMOU, DESVIRTUOU, FALSEOU e ABASTARDOU o que consta no foral, com o propósito subtil de defender o nome do cão da sua terra natal, Castro Laboreiro, e ao não os relacionar, evitou dizer que eram cães da mesma raça, embora escrevesse que os SABUJOS de Soajo eram cães de GUARDA!
Ao não dar tanta importância às remessas de «cinco sabujos» porque para ele seriam feitas OCASIONALMENTE, portanto, em termos de tempo, sem regra definida, pretendeu inculcar a ideia de que em Soajo não haveria uma raça de cães tão fundamental, tão preciosa, tão indispensável, tão importante e querida pelos REIS de Portugal.
Todavia, uma coisa é necessário salientar, pois Pintor, mesmo deturpando foi bem inteligente na forma como pretendeu disfarçar a interpretação do foral na matéria concernente aos envios de «cinco sabujos», não se deixando cair tão escandalosamente, nas aberrações, patetices, idiotices, estultices e aldrabices que o seu conterrâneo A. Rodrigues, iniciou em 2002, e que continua a tentar demonstrar recorrendo, futilmente, a UM AXIOMA, SEM CABIMENTO NA CIÊNCIA DA HISTÓRIA, de que existiu SEMPRE - na área montanhosa de Castro Laboreiro que se integra na serra de Soajo - APENAS UMA RAÇA, a que chama em exclusivo, cão castro laboreiro e, nunca, cão sabujo !
Na autarquia de Soajo, o SABUJO, ERA SÓ DE CAÇA [na sua cabeça também só "medieval" (?)] e, em Castro Laboreiro, HOUVE SEMPRE uma outra raça, exclusivamente, SÓ DE GUARDA, afirmou o castrejo Rodrigues das INVENTONAS!
Não sabemos bem as causas pelas quais o SABUJO DE CAÇA, não passava o "FORTE E ELEVADÍSSIMO MURO" de separação das duas autarcias para CAÇAR nas povoações de Castro, e o cão de montanha, só de GUARDAR, não conseguia escalar o "muro sem-vegonha" para chegar às povoações vizinhas de Soajo !...
Temos, no entanto, por uma intensa "alucinação" a ideia de que nem sequer os cães das duas "raças diferentes" (segundo o homem das tontices e aldrabices) passariam da área municipal de Soajo, através de Lamas do Mouro, para atingir o grandioso e não fragoso país municipal de Castro Laboreiro, a fim de petiscarem uns javalis, corços, etc,...
Que pena temos destes pobres e tapadinhos animais que tantos e tantos reis quiseram da raça SABUJO, e que durante mais de QUATROCENTOS ANOS, gozaram de UMA ESPECIAL PROTECÇÃO DISPENSADA PELOS REIS DE PORTUGAL, só em Soajo! O CÃO de nome ABERRANTE de "outra raça" FOI APRECIADO pelo ditador Oliveira Salazar, mas apenas na parca quantidade de um e um só, talvez por ser da NOBRE RAÇA DE CÃO DE GUARDA, ou porque desequilibrava as CONTAS PÚBLICAS, e, por consequência não conseguiu atingir sequer uma cifra total de «CINCO SABUJOS», SÓ DOS DE GUARDAR»!
Quem sabe ler os escritos a seguir apresentados, em que muito clara e justamente comprovam que SOAJO tem um património histórico e cultural de que os SOAJEIROS se devem orgulhar, mas nunca o deverão deixar DELAPIDAR, DESTRUIR E ARRUINAR...
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Texto que serviu para se elaborar o Foral de 1514 em que figura « em cada huum anno» que no português actual se escreve em «CADA UM ANO».
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O que foi dito aos inquiridores pelas autoridades de Soajo sobre o que já vinha a ser feito no concelho de Soajo antes da feitura da nova LEI DO FORAL DE 1514. Quanto à entrega dos sabujos está escrito «cad' ano»!
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Foi nesta obra publicada em 1981 que Berbardo Pintor escreveu muitíssimas VERDADES depois de muito trabalho feito de graça, pelo que DEVE sser credor do NOSSA ADMIRAÇÃO, RESPEITO E GRATIDÃO, mas o que em qualquer obra não está correcto o espiríto da defesa de valores mais altos deve-nos levar à sua não aceitação...
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Porém, manda a verdade que aquilo que redigiu B. Pintor a seguir não decorre do que estava SAGRADAMENTE na lei que também disciplinava os comportamentos dos SOAJEIROS perante os REIS e o ESTADO, ou seja, perante a Coroa de Portugal.
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Assim, para Pintor. «PODERIA HAVER ANOS EM QUE NADA PAGASSEM [OS SOAJEIROS] POR NÃO SER RECLAMADO, POIS DE CERTO OS SOAJEIROS NÃO OS MANDARIAM!
No foral não vem a época de pagamento DENTRO DO ANO, como foi considerado nos pagamentos ao MONTEIRO-MOR, que eram satisfeitos no tempo do S. MARTINHO, mas, mas..., outros documentos OFICIAIS FAZEM COM QUE AS IMAGINAÇÕES DO PADRE PINTOR, E, SOBRETUDO, AS ALUCINAÇÕES MENTIROSAS DO CASTREJO, A. RODRIGUES, ENTREM DIRECTAMENTE NO CONTENTOR DO LIXO, PORQUE NELES SE REZA QUE «TODOS OS ANOS», TODOS OS ANOS, TODOS OS ANOS... TERIAM DE SER ENVIADOS «CINCO SABUJOS» DA TERRA E CONCELHO DE SOAJO PARA OS MONARCAS DE PORTUGAL!!!
DEMONSTRATIVO DE FALSIDADES É ESTE PEQUENO ARTIGO, NO «NOTÍCIAS DOS ARCOS, EM 1950:
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COMO SE NOTA, O PADRE PINTOR, ESCREVEU TAMBÉM ESTAS SUAS IMAGINAÇÕES : «É NATURAL» QUE OS CÃES SABUJOS NÃO FOSSEM RECEBIDOS PELOS REIS MAS «POR QUALQUER DONATÁRIO»!
PINTOR, AINDA SE ATREVEU A ESCREVER QUE ERA UM "TRIBUTO EXTRAVAGANTE" PORQUE DESCONHECEU QUE CADA UM DOS VIGILANTES DAS ÁREAS PROTEGIDAS TINHAM DE SER ACOMPANHADOS, POR LEI, POR UM SABUJO, E AINDA, NA MONTARIA-MOR DO REINO, EM LISBOA, TINHAM DE TER 35 (TRINTA E CINCO) SABUJOS!
OS DESVIOS ÀS VERDADES POR PARTE DO PADRE PINTOR, E AS INVENTONAS DE A. RODRIGUES, SÓ TÊM FUTURO EM AMBIENTE DE DESINFORMADOS OU NO MUNDO DOS NÉSCIOS...
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Não foi só o nome do cão que ESTROPIARAM, também o nome da serra passou por iguais vicissitudes, embora sob o ponto de vista oficial já foi recuperado o nome em parte do seu multissecular espaço montanhoso, o que ainda não se verifica com o nome «CÃO DE SOAJO» ou «CÃO SABUJO DA SERRA DE SOAJO»!
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O que nos foi legado sobre o nome da serra na profundidade dos séculos escrito na língua dos romanos: «SVAIO» que em português significa «SOAJO».
Os nomes das suas companheiras de séculos e séculos, GERÊS, MARÃO E MONTEMURO não foram ESTROPIADOS!
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Este mapa vem na primeira GEOGRAFIA CIENTÍFICA DE PORTUGAL e está sustentado numa investigação profunda e rigorosa das obras e mapas publicados em Portugal ao longo dos séculos, mas uma serra do nome do cão deturpado aparece na LUA VAZIA, mesmo depois de ESTRUPIAREM como que a seguir se demonstra:
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A SERRA DE SOAJO SÓ PARIU OUTRO NOME PORQUE QUANDO O SEU NOME REGRESSOU DO ESPAÇO DA SERRA AMARELA OUTRO NOME TINHA REBAPTIZADO DISPARATADA E INDEVIDAMENTE A VERDADE DE SÉCULOS!
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O desconcertante nome da «SERRA DE SOAJO» dá por vezes nomeada ao espaço da SERRA AMARELA pela aldrabice feita, em 1907, por Paul Choffat!
Todavia, o castrejo Padre Bernardo Pintor, apresentou sobre o nome da serra algumas considerações acertadas, mas não conseguiu com a necessária clareza e firmeza explicar as trapalhadas e de uma forma aparentemente isenta não deixou de optar pelo nome errado e enganar os que o seguiram...
Mas, o castrejo Rodrigues, não só repudia o nome «CÃO DE SOAJO» porque entende ser uma heresia, como coloca o castelo de Castro Laboreiro, sempre e sempre, através dos séculos, na serra da "Carochinha Castreja"! Coitadinho... os mapas expostos na INTERNET seguem também as suas lunáticas IMAGINAÇÕES aldrabonas!