A REAL MONTARIA DE SOAJO, A PARTIR DE 1498, FOI A ÚNICA ÁREA NATURAL PROTEGIDA A NORTE DO RIO DOURO, MAS UM CASTREJO QUIS DESACREDITÁ-LA, ORA OMITINDO-A OU DESQUALIFICANDO-A !
1- INTRODUÇÃO
No começo dos anos de 1930 o Largo do Pelourinho, popularmente, designado por Largo do Eiró, deixou de ser completamente térreo, ao receber o seu primeiro empedramento. Neste local, por volta de 1535, haviam estabelecido a vila, como sede da montaria real e do concelho de Soajo. O foral de 1514 fora dado à terra e concelho de Soajo e, até 1528, não existia ainda uma vila, pelo que se deduz que o pelourinho foi levantado entre 1528 e 1535. A partir desta altura, por uma disposição normativa contida nas «Ordenações manuelinas», Soajo, passou a ter uma sede de concelho, ou seja, uma vila.
O elenco da Junta de Freguesia, em 1951, era constituído por Alexandre Enes Fernandes, Alexandre Fernandes Baptista e Eduardo Pires Barreira. Nesta foto podem ainda ver-se da esquerda para a direita, na segunda posição, o Prof. Alexandre Fernandes Enes a exercer docência em Soajo, e na quarta, o Prof. Manuel Gonçalves Lage, a leccionar na vila da Ponte da Barca, depois de o fazer em Caminha e Viana do Castelo. Segundo escreveu em 1942 o Prof. Enes, mais tarde aderente ao salazarismo, foi o Prof. Lage a quem Soajo muito devia pelo empenhamento no seu progresso, sendo que esta obra do Largo, a escola da Eira do Penedo, a vinda para Soajo da instituição da Casa do Povo, tiveram através da sua caneta e da sua máquina de escrever usos dedicadíssimos...
O primeiro nome relativo a Soajo como nome de serra remete para Amarela como nome alternativo da serra, devido ao facto do geólogo suíço Paul Choffat, em 1907, ter cometido este inacreditável disparate, pelo que esta obra, embora não datada, tem de ser forçosamente posterior a 1907. E indagando vê-se que, na página 481, consta o ano de 1908, o que confirma que acolheu a aldrabice da confusão da identificação da serra Amarela, como sendo indevidamente também designada por serra de Soajo!
Este texto sobre Soajo bem manifesta que os sabujos do foral de 1514 continuavam a dar preciosos contributos para um melhor bem-estar dos Soajeiros.
Os cães destas fotos, datada de 1907, e publicada em edição anual do Clube Português de Canicultura, pertencem, ao que parece, à raça do cão sabujo da serra de Soajo e à raça do cão da serra da Estrela que, embora fossem, na década de 1931, inseridos como cães de gado, no grupo dois, pela Federação Cinológica Internacional (FCI), eram também usados como cães de caça, não obstante, não virem a ser inscritos no grupo oito que respeita a esta última funcionalidade.
Será que o cão da serra da Estrela, é só da freguesia de Moimenta da Serra, ou da de Folgosinho, ou de uma qualquer outra do concelho de Gouveia, ou será de uma das quatro freguesias do montanhoso concelho de Manteigas?
Será que o cão da serra da Estrela degenerou quando passou a ser criado por uma qualquer freguesia dos concelhos por onde se estende a serra mais extensa e de maior altitude de Portugal Continental?
Não haverá ninguém que siga as teorias infantis, para as aplicar ao cão da serra da Estrela, iniciadas em 2002, com o fim de repudiar preciosos documentos sobre o cão sabujo da serra de Soajo, imaginadas pela cachimónia do castrejo do lugar de Várzea Travessa?
Só na de Soajo o cão não poderia passar para Castro Laboreiro, nem do território montanhoso desta para Soajo?
A teoria das "lérias" engana muita gente pois há quem caia na esparrela como os "patinhos"...
Serve-se o castrejo, de coisas relativamente secundárias, não oficiais, de "lana caprina", que não respeitam a aspectos essenciais do cão, como engodo, exagerando-as, e as leis e valiosas obras que ao longo dos séculos abraçaram o assunto do cão SABUJO de Soajo interpreta-as a seu belo prazer e recomenda "historiadores de nomeada com cientificidade" aos outros, e para ele as suas trafulhices gozam de imunidades perante os "geniais" das sapiências!....Coitadinho...
Foto anterior que deformada não permite visualizar com a mesma definição os CÃES, como as das fotos publicadas por mim diversas vezes.
Foto publicada pelo castrejo com metade da imagem escondida para os leitores não compararem os corpos dos dois cães situados à esquerda! Na legenda fala-se da «RAÇA da Serra da Estrela», mas no texto das suas charlatanices ataca o uso do termo RAÇA, dizendo que não existem raças, sem estalão! Ora o cão desta serra só teve estalão em 1934!
Por que não atacou o termo RAÇA escrito na LEGENDA da foto que divulgou ao não estar de acordo com as suas lérias teóricas expostas nas inventonas da sua "TESE PARA PEQUENINOS"?
Sobre a consideração rácica dos cães da foto deformada, publicada na página 12, no seu texto, alusiva aos cães portugueses fez mais "barulho" que um cão a latir, para no mesmo artigo, na página 24, publicar outra foto, muito provavelmente de dois cães mastins da Estrela, atendendo ao posicionamento da inserção das orelhas, e perguntar, qual a origem, prometendo prémio a quem os identificar!
Por que não propõs, o castrejo, um prémio para identificar o cão de cor negra na foto publicada com o rei D. Carlos, reproduzida do livro publicado, em 2016, pelo Clube Português de Canicultura (CPC)?
Por que demorou tanto tempo, o castrejo a reagir, se sentiu que enganei MILHARES de pessoas com a foto que publiquei?
Por que não divulga a origem da foto que diz possuir, a que atribuiu data de 1905 ou até anterior, se é diferente de 1907?
Por que não adverte e culpa o CPC por a imagem da foto ser considerada como tirada em 21/11/1907?
Por que diz que a foto é uma falsidade quase viral e, não arranjou antídoto com prontidão, nos dias seguintes, para alertar do perigoso vírus?
Por que escreveu sobre o caso da publicação da foto: «Como é possível alguém INVENTAR desta forma?». Isto, foi escrito, por quem TEVE A SUPINA IDIOTICE DE ESTROPIAR, MALTRATAR, INTERPRETAR, ESTUPIDAMENTE, A LEI FUNDAMENTAL DO CONCELHO DE SOAJO - O FORAL - QUE VIGOROU DURANTE SÉCULOS!
Que coragem! Que malvadez! Por causa de uma foto que eu não datei, não viciei, FEZ TANTA ALGAZARRA, e nos fundamentais elementos da LEI DO FORAL e de obras histórico-geográficas suportadas por documentação oficial de autenticidade indubitável, deturpa objectivas e claras menções, comportando-se como um irreparável "IRRESPONSÁVEL"!
Por que me acusa o castrejo de ter abastardado a foto que eu publiquei, de não ser verdadeira, e se atreve a difundir apenas parte da que diz possuir como sendo de 1905 ou anterior?
É que não expôs gatos escondidos com os rabos de fora, mas CÃES abordados em contexto de ACESAS polémicas!
O castrejo teve o desplante de falar em «documentos históricos IMPOLUTOS», mas os apresentados de Soajo, degenera-os, poluindo-os!...
Escreveu ainda no seu texto que em Castro Laboreiro usavam as pessoas os cães por causa dos perigos, talvez de potenciais ladrões e feras, quando andavam nas matas, mas, para nas cerca de oito montarias de todo o país, em 1605, que substituiu pela ILUSÓRIA expressão EMPOLADA, de dezenas e dezenas de matas, os vigilantes, segundo o castrejo das "arteirices" não precisavam dos cães para nada! Como se tratava do mesmo cão, mas nomeado por sabujo, de SOAJO, já não eram precisos os cães para proporcionar uma maior segurança aos guardas-monteiros! Tapa buracos num lado e abre outros...
2 .- A REAL MONTARIA DE SOAJO
No título deste documento está: « DEMARCAÇÃO DO LUGAR DO CONCELHO DE SOAJO QUE É MONTARIA D´EL REI NOSSO SENHOR».
O que no título não foi escrito foi que o concelho era d´el rei, como de facto o foi, porque não foi cedido a um donatário, ficando sempre na dependência dos sucessivos reis, diferentemente, do que sucedeu a centenas de concelhos de Portugal. O que foi salientado foi a MONTARIA REAL, porque era uma instituição muito especial e escassa no país que, o FORAL DE SOAJO, revelou, indirectamente, através do MONTEIRO-MOR local, como figura central!
Neste documento constata-se a primeira expressão gráfica que se conhece sobre a «VILA» de Soajo, na qualidade de cabeça ou sede de concelho, como acima se referiu ao tratar do primeiro empedramento do Largo do Pelourinho.
Quis o castrejo fustigá-la, mas, muitos outros documentos contrariam os seus desejos como veremos!
(N.B. - Continuará a elaborar-se este artigo...)