Nem a freguesia da GONDORRIZ confronta um escasso CENTÍMETRO com a de SOAJO, nem a de CABREIRO delimita com a da GAVIEIRA um MILÍMETRO!
BATOTAS, À MODA DA CASAMATA, GOVERNADA DO "CASTELO DE DOM LEONEL DE MORELHÕES", NESTE CASO, POR VOLTA DE 1950, QUANDO ELABORARAM UM MAPA DAS FREGUESIAS DO CONCELHO VALDEVEZENSE!
![DSCF7600.JPG DSCF7600.JPG]()
LIMITES COM CONFRONTAÇÕES E DEMARCAÇÕES TERRITORIAIS REGISTADOS NOS TOMBOS, OU SEJA, NOS INVENTÁRIOS ARQUIVADOS, DE CABANA MAIOR COM SOAJO E COM CABREIRO QUE CONSTAM NO DE 1782:
![DSCF8863.JPG DSCF8863.JPG]()
![DSCF8865.JPG DSCF8865.JPG]()
![DSCF8866.JPG DSCF8866.JPG]()
![DSCF8867.JPG DSCF8867.JPG]()
Mais nitidamente se constata na foto que o DISPARATE de dizerem que Cabana Maior confronta com Cabreiro, desde o Alto da Pedrada, no Outeiro Maior, indo a fronteira para poente no sentido dos «MEROUÇOS DE BRAGADELA», e pelo «Chão da Portela» [nos Bicos], e pela «Laje Negra», indo depois ter às «Covas do Omezio» (sic).
O que é referido no
VEJAMOS O QUE ESTAVA CONTIDO NO REGISTO ARQUIVADO (TOMBO) DE 1718, SOBRE AS FRONTEIRAS DE CABANA MAIOR COM SOAJO E CABREIRO:
![DSCF8534.JPG DSCF8534.JPG]()
![DSCF8535.JPG DSCF8535.JPG]()
![DSCF8539.JPG DSCF8539.JPG]()
![DSCF8540.JPG DSCF8540.JPG]()
AINDA SERÁ CONVENIENTE VER O REGISTADO NO TOMBO QUE TRATA DE CABANA MAIOR TAMBÉM, RELATIVO AO ANO DE 1541:
![DSCF8545.JPG DSCF8545.JPG]()
![DSCF8546.JPG DSCF8546.JPG]()
![DSCF8547.JPG DSCF8547.JPG]()
![DSCF8548.JPG DSCF8548.JPG]()
![DSCF8549.JPG DSCF8549.JPG]()
Há quem tenha dificuldades em ler escritos dos séculos XVIII e XIX, mas se alguém quiser que lhes reproduza o que estes escritos do século de 1500 podem contactar-me.
As ligeiras, mas substantivas e importantes alterações verificadas nos tombos, estarei disponível para as esclarecer, se para tanto algum ou alguns dos membros dos órgãos autárquicos de Soajo, ou outras instituições de Soajo, bem como os Soajeiros quiserem alguma minha colaboração.
Os que me acusam de esconder documentos resultantes do muito trabalho que tive, além de MENTIROSOS, são lastimavelmente incompetentes e mesquinhos...
LIMITES TERITORIAIS DE SOAJO DESCRITAS NO SEU LIVRO DE TOMBO DE 1795:
![DSCF8871.JPG DSCF8871.JPG]()
![DSCF8862.JPG DSCF8862.JPG]()
Duas fotos de uma fotocópia do Tombo de Cabreiro de 1795, na parte que diz respeito aos limites territoriais com Soajo:
![DSCF8749.JPG DSCF8749.JPG]()
![DSCF8750.JPG DSCF8750.JPG]()
MAPA DAS FREGUESIAS EXTRAÍDO DE ACORDO COM A «CARTA ADMINISTRATIVA OFICIALDE PORTUGAL», MAS QUE FOI ELABORADO NÃO PARA ESSA FINALIDADE, SEM RIGOR, SEM RESPEITO PELO DOCUMENTADO NOS LIVROS (TOMBOS) ONDE CONSTAM AS DEMARCAÇÕES E CONFRONTAÇÕES DAS FREGUESIAS, PARA QUE OS PÁROCOS PUDESSEM, ALÉM DO MAIS, EXERCER OS SEUS DIREITOS, NOMEADAMENTE, NAS COBRANÇAS DOS DÍZIMOS ("DÉCIMAS" OU SEJA 10% DAS NOVAS PRODUÇÕES DE UM DETERMINADO ANO):
![DSCF8667.JPG DSCF8667.JPG]()
![DSCF8668.JPG DSCF8668.JPG]()
Como se nota neste mapa oficial INSERIDO NA CAOP, Cabreiro confronta, muito ERRADAMENTE com Soajo, num pequeno segmento, que é separado pelas cores verde e acinzentada! Mas, segundo a documentação CONCRETIZADA nos livros dos tombos de Soajo e Cabreiro de 1795, a fronteira entre estas fica bastante a poente da separação do território colorido a verde, indicativa do território de Cabreiro!
A Gavieira não confronta com o território de Cabreiro nem um centímetro, apenas delimita no seu poente com SOAJO E GAVE, pelo que o apresentado neste mapa de, o cor-de-rosa da Gavieira delimitar com o verde de Cabreiro, não corresponde às verdades seculares expressas em tombos e outras fontes documentais de 1758!
O pároco de Gondoriz, presidente da Câmara, por volta de 1950, viciou as pertenças dos territórios!
![DSCF8859.JPG DSCF8859.JPG]()
Observando ainda o errado MAPA DAS FREGUESIAS, verifica-se que no ponto M (Mosqueiros) encontram-se três freguesias - Gondoriz, Cabana Maior e Soajo - e não em Guidão, porque neste sítio confrontam, mas não convergem, segundo o cartografado, Soajo e Gondoriz!
Mas consultando o tombo de Gondoriz de 1708, que se encontra no Arquivo de Braga, na Cx. 275, nº6, a confrontação de Gondoriz com Cabana Maior, «finda no coto do Chão dos Bicos», embora o tombo de Cabana Maior de 1782, apresente os limites com Gondoriz ainda muito mais longe! Incompreensivelmente, de facto diz-se no Tombo de Cabana Maior que confonta esta com Cabreiro, desde a Pedrada, passando pelos merouços de Bragadela (que ficam mais a norte da Branda de Bragadela) e pela Lage Negra (situada numa zona lateralmente sobranceira a Bouça Donas e a marginar o planalto dos Bicos),.e que segue para noroeste, em direcção ao «Carvalho do Brealho», onde considera que começa a limitar com Gondoriz!
Perante o que reza o tombo de Cabana Maior ficaria o território da freguesia de Cabreiro relativamente mais perto de Mosqueiros, Travanca e Guidão, do que Gondoriz!
O tombo de Cabana de 1708 tem de facto muitas anormalidades!
Observe-se a seguir outro mapa onde fica o sobredito sítio da Lage Negra:
![DSCF8840.JPG DSCF8840.JPG]()
A seguir os posicionamentos das fronteiras disparatadas...
![DSCF8860.JPG DSCF8860.JPG]()
Nas duas fotos acima apresentadas com extractos dos manuscritos do Tombo de Cabreiro de 1795, onde consta que delimita com Soajo desde o «Porto a Besiconde», no sentido para norte onde se inicia o curso do rio Vez. Mas esta corrente de água neste tombo chama-se «água de Bragadela» ou «ribeiro de Bragadela», e faz a separação entre Cabreiro e Soajo até ao sítio do «Serrado» que fica à beira da «Branda do Real».
Assim a fronteira de Cabreiro com Soajo é considerada no sentido de Sul para Norte e fica situada em território para norte da montanha do Outeiro Maior, portanto para norte da Pedrada; esta confrontação das freguesias desenvolve-se por território do planalto da Seida, onde na parte de Soajo se encontram as águas nascentes em território pantanoso - LAMAS DO VEZ - que mais a noroeste começam a formar uma pequena corrente de água que origina o ribeiro de Bragadela.
Mas no tombo de Cabana Maior, elaborado em 1782, diz-se que o território de Cabreiro chega ao Alto da Pedrada, o que não é dito nem pelo Tombo de Cabreiro, nem pelo Tombo de Soajo! Estes dois últimos, sendo datados de 1795, são portanto mais recentes do que o Tombo de Cabana Maior, pelo que segundo a lei, prevalecem sobre o que consta no de Cabana Maior!
Outro aspecto a considerar é que segundo o Mapa Administrativo das Feguesias, DISPARATADAMENTE, a fronteira de Cabreiro com Soajo, faz-se desde o Alto da Pedrada, no sentido para nascente, até à divisória de águas vertentes quase à beira da nascente da Corga das Forcadas!
Ora esta «Fonte das Forcadas» segundo o que vem relatado no «Inquérito Paroquial» de 1758, é admitida como sendo exclusivamente da freguesia de Soajo, porque assim testemunharam e assinaram, neste ano, os três párocos em exercício nas três freguesias do concelho, montaria e julgado de Soajo!
É uma grande ASNEIRA, portanto, considerarem-se OS LIMITES DE SOAJO COM CABREIRO, numa direcção ESTE-OESTE, e nesta zona! De facto os tombos de 1795 não se ajustam MINIMAMENTE a esta divisão territorial!
Coisa bem diferente é o que passa da Portela do Mezio a Mosqueiros (à TRAVANCA), onde a divisória do MAPA ADMINISTRATIVO se AJUSTA, se HARMONIZA, se COMPATIBILIZA, não só com o tombo de Soajo de 1795, mas também e sobretudo com os TOMBOS DE CABANA MAIOR de 1541, de 1718 e 1782!
Também o facto do INQUÉRITO PAROQUIAL de 1758, MENCIONAR os MARCOS DO MEZIO, bem assim como outros documentos oficiais, CLARAMENTE MANIFESTAM que, a divisória é feita dentro do PLANALTO DA PORTELA DO MEZIO, e não NOS EXTREMOS do planalto do Mezio, ou através das VERTENTES que inclinam para Soajo, ou ABSURDAMENTE por ÁGUAS VERTENTES como defendiam as AUTORIDADES ADMINISTRATIVAS DE CABANA MAIOR, dos três últimos mandatos autárquicos!
Há quem não saiba distinguir limites por «VERTENTES» de «ÁGUAS VERTENTES»!
ASSIM SENDO, QUEM COMPARA AS SITUAÇÕES DA CARTA ADMINISTRATIVA OFICIAL DE PORTUGAL (C.A.O.P.) E OS TOMBOS, EM TERMOS DA COMPATIBILIDADE, NOS ESPAÇOS DAS DIVISÓRIAS DO MEZIO A GUIDÃO, COM OS DO OUTEIRO MAIOR, OU NÃO PERCEBE NADA DO ASSUNTO, OU ESTÁ DE MÁ-FÉ!
TODOS OS MEMBROS DOS ÓRGÃOS AUTÁRQUICOS DE SOAJO DEVEM DEFENDER ESCRUPULOSAMENTE, ISTO É, COM O MÁXIMO ZELO, DIGNIDADE E RESPEITO, O TERRITÓRIO AUTÁRQUICO DA FREGUESIA DE SOAJO, PORQUE FORAM ELEITOS TAMBÉM PARA ESSE EFEITO!
![DSCF8749.JPG DSCF8749.JPG]()
![DSCF8750.JPG DSCF8750.JPG]()
![DSCF8860.JPG DSCF8860.JPG]()
![DSCF8829.JPG DSCF8829.JPG]()
![DSCF8831.JPG DSCF8831.JPG]()
![DSCF8832.JPG DSCF8832.JPG]()
![DSCF8836.JPG DSCF8836.JPG]()
![DSCF8837.JPG DSCF8837.JPG]()
![DSCF8838.JPG DSCF8838.JPG]()
![DSCF8839.JPG DSCF8839.JPG]()
![DSCF8844.JPG DSCF8844.JPG]()
![DSCF8845.JPG DSCF8845.JPG]()
![DSCF8846.JPG DSCF8846.JPG]()
![DSCF8843.JPG DSCF8843.JPG]()
![DSCF8842.JPG DSCF8842.JPG]()
![DSCF8848.JPG DSCF8848.JPG]()
![DSCF8849.JPG DSCF8849.JPG]()
![DSCF8850.JPG DSCF8850.JPG]()
![DSCF8799.JPG DSCF8799.JPG]()
O Tombo de Soajo refere como fronteira, desde o marco de Visconde (que fica no sítio do Serrado, à Branda do Real,), onde convergiam três concelhos – Soajo, Valadares e Valdevez – e, depois seguia a fronteira pelo ribeiro de Bragadela acima, no sentido de Guidão.
Não deve ser confundido o «Marco de Visconde», colocado por volta de 1646 no sítio da proximidade da «Branda do Real» na margem esquerda do rio Vez, também chamado ribeiro ou «água de Bragadela», com o local de «Porto a Bizconde» situado na passagem da antiga via sobre o ribeiro ou corga das Forcadas cujas águas vão ajudar a formar o rio ou ribeiro do Ramiscal, que também é conhecido muito mais abaixo por ribeiro ou rio de Cabreiro.
O mapa seguinte elucida-nos sobre estes cursos de água cujos nomes variam nas suas extensões, sendo o mais surpreendente o do Rio Vez, que embora se inicie nas «Lamas do Vez» na zona do planalto da Seida e perto da soajeira «Branda da Seida», foi considerado como nascendo em SANTO ANTÓNIO DE VALE DE POLDRAS, em muitas obras. Só a partir das ditas "Poldras" é que ganhava o nome, segundo vários autores, de rio Vez!
![DSCF8834.JPG DSCF8834.JPG]()
O principal ribeiro de Soajo que nasce junto da «Fonte das Forcadas» e que começa por ser designado como «Corga da Baja» para muito a jusante receber um afluente que passa em ADRÃO, perto da ASSUREIRA, seguindo, engrossando, e quando chega ao «Poço Negro», as suas águas caindo em cascata, originam não uma lagoa, mas um cenário fluvial de notável beleza natural. Bem merecia o rio mais extenso, nascido perto da culminância da SERRA DE SOAJO, ser apelidado por «RIO SOAJO», e, o seu tributário por passar em Adrão o nome de «RIO ADRÃO»!
Mas por inoprãncias de sucessivas gerações de pessoas que passaram pelos órgãos autárquicos de Soajo, sempre identidades relevantes não foram suficientemente acauteladas. E, depois, aparecem mapas em obras de prestigiados autores que não colocaram os nomes nos nossos rios e, que até colocam LINDOSO, com mais destaque gráfico !
É lamentável que Soajo não tenha a mesma consideração! Bem precisava Soajo que os seus filhos dedicassem mais atenção aos aspectos físicos integrados no território autárquico, porque, felizmente, a «massa crítica» pesa na actualidade, muito mais que no antanho!
Muitos SOAJEIROS diagnosticam bem os problemas muito GRAVES de desconsideração para com SOAJO, mas é necessário que se associem para arranjar SOLUÇÕES!